Ação
Ficção a serviço da realidade: Ecosul mobiliza equipes em simulação de acidente
Realizado anualmente, treinamento tem objetivo de alinhar equipes para situações extremas; desta vez, simulado contou com 19 vítimas fictícias
Foto: Nauro Júnior - Simulação busca alinhar e treinar a capacidade das equipes em lidar com situações extremas
Encenação para saber como agir em situações reais. Esse é o objetivo da simulação de acidente promovida pela Ecosul, na manhã desta quinta-feira (23), que mobilizou equipes para treinar o resgate de múltiplas vítimas e a contenção de vazamento de produtos perigosos na pista. Ao todo, 19 pessoas participaram como vítimas fictícias e 14 profissionais da Ecosul realizaram o treinamento, que ocorreu na Balança do Retiro.
Realizado anualmente, o simulado tem o objetivo de alinhar e treinar a capacidade das equipes em lidar com situações extremas. Desta vez, a simulação era de uma colisão entre uma van cheia de passageiros e um caminhão tanque transportando óleo diesel que, em decorrência da batida, começou a derramar o produto na pista. "A gente lida com acidentes de pequenas proporções todos os dias, mas essa questão de produtos perigosos precisa de um cuidado muito grande. Se um caminhão com produto perigoso tomba e o produto entra para o solo ou um rio, pode parar o abastecimento de uma cidade inteira. Então a gente treina especificamente para isso", afirma a gerente de operações da Ecosul, Liliane Costa.
Felizmente, acidentes como esse não são comuns, mas é necessário manter as equipes preparadas. "Não é uma coisa comum. Ano passado passamos quase o ano todo sem acidentes aí, no fim do ano, tivemos dois tombamentos de veículos carregando diesel. Se acontece uma situação dessa, é bastante complexo. A gente mobiliza a empresa toda, é bastante empenho", comenta Liliane.
Emoção apesar da ficção
Quem participa do treinamento garante que, apesar de todos saberem que se trata de uma encenação, a adrenalina do resgate é a mesma da vida real. "A gente vem sem saber o que vai acontecer, quais vítimas ou lesões vamos encontrar, então é como se fosse um atendimento. É engraçado porque a gente sabe que é mentira, mas vem com a adrenalina lá em cima, e é assim que tem que ser mesmo", afirma a médica do Serviço Médico e Resgate (SMR) da Ecosul, Amanda Mendel.
Para a profissional, a simulação é um momento importante para ajustar e alinhar as equipes frente às situações que enfrentam no dia a dia. "O treinamento é essencial. É primordial, a gente tem que estar sempre treinando e revendo tudo que a gente estuda no livro. É importante também pra gente ver os pontos negativos, as falhas, para ajustar. Depois que termina tudo aqui a gente senta, conversa e avalia o que foi feito", comenta.
Aprendizado na prática
O treinamento também foi uma oportunidade de aprendizado para futuros profissionais. A maioria das vítimas fictícias eram alunos do curso de Enfermagem da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) que, além de participarem como voluntários, também tiveram a chance de aprender mais sobre a área com os socorristas da Ecosul. O estudante e monitor do Programa de Treinamento em Primeiros Socorros para a Comunidade da UFPel, Henrique Bueno, que acompanhou toda a simulação, destaca a importância do momento. "É muito importante, porque nosso currículo não tem muita urgência e emergência e, com o projeto, a gente consegue explorar mais esse campo. Sem essa experiência aqui, não teríamos visto na faculdade, porque é uma área bem específica", comenta.
Por dentro da simulação
A produção do treinamento, com as vítimas maquiadas com sangue falso e gritando por socorro enquanto esperavam resgate, torna tudo ainda mais real. As três ambulâncias que participaram do treinamento chegaram com as sirenes ligadas e socorristas correndo para atender as vítimas. Enquanto as equipes resgatavam as pessoas e faziam a triagem das vítimas, classificando entre os casos mais e menos graves, outras equipes continham o vazamento para evitar que o 'óleo diesel' se espalhasse. A simulação, que durou cerca de uma hora, contou com a parceria da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Ambientall.
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